Ontem a noite, depois de um longo dia de trabalho, jantei com minha família.
Entre as risadas, a salada e muita conversa numa mesa bem posta por minha filha mais velha, minha filha caçula disse toda brejeira e com aquele brilho peculiar no olhar: “Mãe ,fico com vontade de chorar quando ouço essa música...” Quando os acordes de Elephant Gun invadiram a mesa de jantar e entraram em nossa casa , fez-se um silêncio de respeito . Ficamos ali, ouvindo e saboreando aquela pequena obra de arte, com fortes tendências folk da genialidade do Beirut.
Naquele momento me veio a cabeça o casamento de Claudio e Gabriela e a canção me remeteu ao azul dos olhos de minha cliente, imaginei os acordes lá com céu estrelado, aroma de lírios e o mesmo silêncio que se abateu sobre nós, ainda ali, saboreando a salada e os trumpetes não tão voluntários de Zach Condon e os odores singelos do Novo México...
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